A Starbuck no Brasil e uma nova cultura do café

Starbucks Centro. Créditos: Arquivo

Com um design intimista e cômodo, a Starbucks faz cada vez mais sucesso entre os cariocas e principalmente entre os jovens.

Seattle é considerada uma das dez cidades do mundo que mais consomem café, portanto não é surpresa nenhuma que em 1971, a cidade fosse palco da criação da Starbucks, uma das maiores e mais lucrativas redes de cafeteria do mundo. Atualmente a rede possui mais de 19.000 lojas distribuídas em 50 países e nos cinco continentes e a cada ano o número cresce, ganhando cada vez mais o gosto exigente de quem gosta de café.

No final de 2006 a Starbucks finalmente desembarcou em terras tupiniquins, primeiramente em São Paulo e pouco tempo depois no Rio de Janeiro. Depois de quase dez anos, a rede começa aos poucos sair das capitais Rio-São Paulo, indo para algumas cidades do interior como Jundiaí, Campinas, Sorocaba e Niterói. Mas antes mesmo de chegar ao Brasil, a rede já era bem conhecida no país por meio de filmes, videoclips, séries e desenhos. João Paulo dos Santos, gerente da Starbucks de Botafogo, no Rio, comenta que antes de trabalhar na rede ele não tinha conhecimento do que se tratava a loja. 

Starbucks Botafogo. Crédito:Arquivo

Em entrevista dada a revista Exame em fevereiro de 2014, Renato Grego, gerente de marketing sênior da Starbucks Brasil, revelou que antes mesmo da chegada da rede ao país ela já possuía um modelo de cardápio específico do país, com receitas de bebidas e lanches diferenciados. Ele também conta que produtos específicos das lojas brasileiras acabaram sendo comercializadas também em outros países, um exemplo é o pão de queijo, que ganhou admiradores em diferentes partes do mundo.

Uma das características mais marcantes da Starbucks são os seus vendedores e o tratamento diferencial que os clientes recebem. Em relação a isso, o João Paulo, afirma que é feito um treinamento para que os atendentes se soltem e sejam mais descontraídos, e garantindo uma maior intimidade com os clientes.

“Tem muito cliente que frequenta várias vezes a Starbucks, então perguntar como é que foi o dia da pessoa, se ela está legal, se está gostando da bebida. Geralmente a gente até sabe a bebida do cliente antes mesmo dele chegar na loja”

Esse detalhe faz com que essa loja de 44 anos, seja uma das franquias mais lucrativas do mundo. Uma das principais estratégias da empresa para conquistar novos clientes e fidelizar os antigos é através de redes sociais e programas de fidelidade. Com perfis locais, no Twitter (28,8 mil), Facebook (1,2 milhões) e Instagram (38,3 mil), o Starbucks busca marcar presença e todos o meios possíveis como forma de lembrar “Oi, estou aqui não se esquece!”  

O café brasileiro utilizado nas lojas nacionais da Starbucks faz parte de um blend, que significa uma mistura de três regiões do país, São Paulo, Minas Gerais e Espirito Santo.  Existe também a venda de cafés de diversos lugares do mundo e de diferentes níveis de cafeína, também conhecido como torra. Segundo Alessandra, coordenadora da loja da Starbucks da Gonçalves Dias, no Centro, a procura desses cafés mais refinados é bastante procurado nas lojas. .

Em relatório da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo per capita do Brasil aumentou de 4,87 para 4,89 kg/habitante/ano de café torrado e moído, o equivalente a 81 litros/habitante/ano, de 2013 para 2014, sendo o Brasil é o sétimo país que mais consome café no mundo. 

E sem dúvida a Starbucks tem participação nisso, ao ajudar a criar uma cultura do café, fazer novas amizades ou simplesmente relaxar.