A Starbucks planeja no ano que vem abrir sua primeira loja na Itália, berço dos amantes da cafeína e das tradições.
A Itália é uma das últimas fronteiras no caminho de uma das marcas mais conhecidas no mundo. Exageros a parte, parece que a Starbucks está conseguindo finalmente fazer o que o Pink e o Cérebro nunca conseguiram: dominar o mundo.
Durante a década de 70 era
aberta a primeira Starbucks, em Boston, nos Estados Unidos. Em 2015, a Starbucks
se tornou uma das principais franquias do mundo, presente em 100 países e com mais
de 15 mil lojas. De acordo com o ranking BrandZ, produzido pelas agências WPP e
Millward Brown, a Starbucks se tornou a segunda marca mais lucrativas entre
2015-2016.
Cafeteria italiana. crédito: super chefs |
A primeira loja na Itália será aberta em
Milão, uma das principais cidades da Europa e caracteristicamente uma cidade
diferente do resto do país.Historicamente as diferenças entre o norte e sul,
permitiu que as características das duas regiões se tornassem bem diferentes uma
da outra. A decisão da marca de iniciar sua entrada no mercado italiano pela
mais cosmopolita do país pode ter sido uma jogada de gênio.
A entrada da marca no
mercado italiano seria bastante facilitada pela parceria com o empresário Antonio
Percassi, dono da rede de cosméticos Kiko, uma das maiores da Itália. Se
confirmado esse acordo entre as duas empresas resultaria em uma espécie de aval
a entrada da marca estadunidense, além de proporcionar futuros – e lucrativos –
acordos de marketing entre as duas marcas.
Falar de café e não citarmos
a Itália é uma tarefa quase impossível. Grande parte disso vem da tradição
italiana em degustar tranquilamente os alimentos e bebidas, de se reunir em
torno da comida. Além disso, há 206 anos, a cafeteria mais antiga da Europa, se
encontra em Veneza.
Mas ao mesmo tempo é
importante pensar como ficarão as pequenas cafeterias espalhadas pela cidade –
no caso de Milão – com a chegada de uma grande marca. É possível que nada seja
alterado no comportamento dos milaneses, mas certamente algum tipo de impacto será
visto em longo prazo na rotina dos moradores.
Será necessário uma fusão das culturas para maior identificação |
O café nos Estados Unidos é
bastante diferente do Brasil e da Itália, enquanto na terra do Tio Sam, o café
possui uma concentração mais fraca, no país da bota isso é completamente
diferente. O corto ou curto, é o café mais consumido na Itália, é o bom e simples
café puro. Os italianos costumam toma-lo concentrados e em um gole ainda no
balcão enquanto conversão. As adaptações deverão ser feitas para que a marca
seja melhor assimilada mais facilmente pelas pessoas.
Em 2006 a Starbucks
finalmente desembarcou em terras tupiniquins, primeiramente em São Paulo e
pouco tempo depois no Rio de Janeiro. O sucesso no Brasil foi imediato, mas
será que esse êxito também acontecerá no país onde o café é visto como algo
quase sagrado?
Caso seja bem sucedido a empreitada italiana, os lucros para a marca serão enormes, não somente pelo
dinheiro envolvido, como também pela maior valorização ao entrar com êxito em
um mercado resiliente. Será que a Starbucks será mais uma vez bem sucedida,
vamos aguardar os próximos capítulos, mas até agora não existe nada que
desminta o futuro sucesso.
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